O Lusitano - semanário de actualidades de Portugal e Algarves
Um jornal da Oficina da Prosa - editores
Ano I - número 4
27 de Outubro de 2003
Editorial
No jornalismo não deve haver ambiguidades. O poder político não se pode confundir com o quinto poder, os mídia. Mas nem sempre o que se defende por princípios se pode defender na prática jornalística quotidiana, muito menos numa micronação em crescimento e pleno desenvolvimento como esta nossa.
Escrevo-vos estas linhas porque o redactor-chefe (e único) deste jornal foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros; esse redactor sou eu.
Não pretendo, no entanto, abandonar a nobre actividade de jornalista, nem abandonar a missão que me foi confiada
pelo soberano da minha terra; assim, por respeito aos meus leitores, tomo algumas providências.
Primeiro, lanço a figura de Provedor do Leitor, cuja função será a de observar o meu comportamento jornalístico e
atender a questões onde a minha isenção esteja em causa;
Segundo, lanço o apelo aos jornalistas da minha nação, está vaga a posição de Redactor-Chefe de O Lusitano - quem desejar trabalhar num ambiente de liberdade de opinião e de expressão, cujo objectivo único é informar, apresente-se e eu lhe darei a posição e, inicialmente, 5 % da participação social da oficina da prosa - editores. Tempos extraordinários requerem medidas extraordinárias.
Se estou a ser melodramático, peço desculpa, a isenção é o meu único objectivo. Em breve anunciarei o Provedor do Leitor.
Jorge Filipe Guerreiro, Editor
NACIONAL
Política
Cortes Gerais Constituintes Convocadas
D. Felipe IV, regente de Portugal e Algarves, declarou abertas as segundas Cortes Gerais Constituintes. Estas Cortes, com o objectivo único de discutir e aprovar a Constituição do Reino Unido, serão constituídas por todos os cidadãos portugueses, que nela se poderão fazer ouvir.
A sessão única desta Cortes Gerais durará até 2 de Novembro, altura pela qual se terá a Constituição pronta para promulgação. Até ao fecho desta edição, não haviam sido eleitos ainda o presidente e secretário, mas já se apresentaram propostas para alterações.
Nomeados o Vice-Rei da India e o Primeiro-Ministro
SAR o Infante D. Henrique foi nomeado Vice-Rei das Indias Ocidentais, sediando-se o seu poder na bela cidade de Goa. O novo Vice-Rei começou desde já o seu consulado criando uma lista e um sítio para as Indias Ocidentais.
Nesse mesmo dia, Jorge Filipe Guerreiro foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros, ocupando o seu gabinete no Palácio da Ajuda, na cidade de Lisboa. Após esta nomeação, o novo primeiro-ministro deu início à ronda de convites para formar um gabinete.
Aos dois nomeados, o voto de felicidades e bom trabalho!
O Conselho de Ministros toma Forma
Por Decreto Régio XXIII, foi nomeado por SAR D. Felipe IV o novo gabinete ministerial chefiado por Jorge Guerreiro. Na pasta dos negócios estrangeiros, a Chancelaria Real, foi nomeado SAR Infante D. Henrique. Para Ministro de Estado e como Vice-Primeiro-Ministro, foi apresentado Luiz Felipe D'Costa Brava, que terá funções de ligação às Cortes Gerais.
Na pasta da Educação e Cultura, foi nomeado o Reitor Alexis de Tocqueville, por inerência de serviço e antiguidade, além dos bons serviços.
Foram ainda nomeados dois Secretários de Estado da Presidência do Conselho: Rodrigo de Souza Gomes, para os assuntos da Justiça e, por inerência Presidente da Comissão Governamental Pró-Ministério da Justiça, e, carecendo ainda de confirmação, a Dra. Catharina Monteiro, para os Assuntos da Saúde, e Presidente da Comissão Governamental Pró-Ministério da Saúde.
Este governo tem, segundo o seu presidente, a especial função de garantir "as condições materiais para um efectivo processo democrático e para o desenvolvimento", mas também a função sempre presente da garantir "a gestão da coisa pública portugueza, em conjunto com os outros poderes".
O Governo tem alguns projectos na manga. Segundo apurámos, está prevista a criação do Instituto da Habitação e Ordenamento Territorial (IHOT), com funções de planeamento urbano e de fomento da habitação, escritórios e indústrias. Apuramos que este serviço, na dependência do Ministério do Desenvolvimento, será muito semelhante a outros projectos habitacionais levados a cabo noutros países.
Poder Executivo Muda-se para o Palácio da Ajuda
Todo o poder executivo e suas dependências se mudarão, nos próximos dias, para o Palácio
da Ajuda, na cidade de Lisboa. Por Ordenação Real do passado domingo, o Regente D. Filipe
acedeu ao pedido do Primeiro-ministro para que esta mudança se efectuasse.
Segundo declarações de Jorge Guerreiro, "o Palácio da Ajuda nunca foi completamente
terminado, o que transmite um feeling de trabalho sempre em construção". Alguns gabinetes já
se transferiram, contando-se que todos eles se transfiram até ao próximo sábado.
Empreendimento: Nova Empresa de Turismo
O cidadão Rodrigo de Souza Gomes vai lançar a Companhia de Transportes e Turismo Portugal e Algarves. Esta nova companhia pretende desenvolver acções de promoção turística e operará nos ramos da aviação e da
navegação. O seu alcance territorial é grande, desde a Cisplatina a Macau, dentro e fora do Reino Unido.
O empreendedor deterá 75% da participação social da empresa, detendo o Estado os restantes 25%, divididos pelas seguintes entidades: Vice-Reino da India (6,25%), a Companhia das Indias Ocidentais (6,25%) e o Governo de Portugal e Algarves (12,5%).
Ao Rodrigo Gomes desejamos as máximas felicidades neste seu empreendimento.
Cidadãos: Mortalidade Infantil?
O Reino Unido poderá estar face a um primeiro caso de mortalidade infantil, na medida em que um novo súbdito, de seu nome G., sai mesmo depois de nascer. Até ontem, o cidadão pedia para ser removido da lista onde havia entrado à cerca de um dia. A hora de fecho desta edição, não se conhecem desenvolvimentos acerca deste assunto. A redacção de O Lusitano deseja que tudo corra pelo melhor, desejando as melhoras do nosso nóvel concidadão; que Tanathos não obtenha o que deseja.
Cultura: O Clarim faz-se ouvir pelo Reino
Uma especial referência à revista O Clarim, cuja primeira edição foi um especial caso de sucesso. Parabéns a SAR Dom Henrique pela excelente ideia e melhor execução. Aqui fica o endereço de tão excelsa publicação a que desejamos uma segunda edição ainda melhor:
Desporto: “São todos umas Galinhas”
Presidente do SUGA zangado com Falta de Times Nacionais
O presidente do Sport União e Glória dos Algarves vociferou no passado sábado contra o facto de só haver uma agremiação desportiva em Portugal e Algarves, a sua. O Sr. Jorge Guerreiro, conhecido pela sua agressividade quando veste o fato de presidente do SUGA, apelidou aqueles que não fundam clubes desportivos, de "galinhas", apressando-se a afirmar que nada tem contra a ordem dos galináceos, mas sim contra o facto de estar sozinho.
"Temos planeada uma Taça da Coroação para daqui a umas semanas, e estamos a ver que teremos de convidar equipas estrangeiras", referiu ainda o presidente do SUGA.
O presidente anunciou também que tem já dois jogos de futebol programados com o Matrix FC, e um com o Atlético de Varma, ambos de Sofia. Sobre este jogos, Jorge Guerreiro declarou que a claque Marafados Gloriosos não será um problema, pois "são demasiado estúpidos para causar problemas".
Movimentações e Pessoas:
Novos Cidadãos:
Sra. Larissa Ferreira de Luna;
Sr. G.
Novos Turistas e Dignatários:
De Sofia, a Sra. Aline Van Pelt Adamatti;
Em representação do Clã Stone, o S.S.M.I Philippe de La Tour D'Auvergnie Stone,
Druida-Drithem.
A redacção de O Lusitano deseja-vos a todos boas-vindas e um enorme Bem-hajam.
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a Terra do bom viver, do bom comer e bom beber!
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POESIA FALADA
Senhora, sois perigosa,
A vós ninguém se registe;
Nam sois nada piadosa,
Sois sôbre todas fermosa
E eu sôbre todos triste.
Fostes do reino lançada;
Por nele fazerdes mal;
Nam coma dama infernada,
Mas coma cousa danada
Destroíeis Portugal.
Tal ida foi mais danosa,
Coraçam, tu o sentiste:
Ó crua, nam piedosa,
Sois sôbre todas fermosa,
E eu sôbre todos triste.
Francisco da Silveira, Cancioneiro de Resende (século XV)
(dedicado pelo editor a uma pessoa especial)
OPINIÃO
Contra-o-Verso – Jorge Filipe Guerreiro
Nos ultimos dias, tem-se desenvolvido polémicas relativamente a alguns aspectos da vida espiritual dos portuguezes. Tudo começou com a necessidade de criar estruturas religiosas que permitam a realização de cerimónias várias, essenciais à vida social e política do país.
Alguns cidadãos advogam que a família real não tem a obrigação de seguir a religião católica, enquanto outros consideram isso essencial; outros não mostram interesse particular na questão, mantendo que a questão da fé na Casa Real é assunto da mesma Casa, e não deverá interferir com o princípio da liberdade religiosa para todos os
cidadãos. Como o Regente D. Felipe IV tão eloquentemente referiu, os membros da Casa real vivem numa "Gaiola Dourada", mas também como um outro cidadão referiu, "o rei é portuguez e como tal é também livre, como o seu povo".
Eu, pessoalmente, só digo uma coisa: viva cada um o seu culto em liberdade; que nenhuma organização pública ou privada advogue uma religião oficial. Retirem todos daqui um dividendo, se quizerem. A liberdade é isso mesmo. Curto e grosso, é só isto que eu digo.
CLASSIFICADOS
A Redacção de O Lusitano convida os cidadãos e turistas em solo português a assinar crónicas de opinião eventuais ou permanentes, a bem da informação.
Precisam-se também correspondentes internacionais.
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